Paróquia de

São Mateus Moreira

Arquidioce de Natal

Zonal III

MARIA E O SEU IMPORTANTE PAPEL NA HISTÓRIA DA SALVAÇÃO

Com o SIM de Maria, realizou-se a Encarnação do Filho de Deus.

Francisca Freire
publicado em 27/09/2020 22:56

MARIA E O SEU IMPORTANTE PAPEL NA HISTÓRIA DA SALVAÇÃO


Com o SIM de Maria realizou-se a encarnação do Filho de Deus!


Todos nós já ouvimos algum irmão protestante ou de outros credos dizer que Maria não é citada na Bíblia. Grande ignorância! O Livro Sagrado fala de muitas mulheres fortes, corajosas e cheias de fé, cujas histórias muito têm a nos ensinar, são exemplos a ser imitados. Dentre elas, entretanto, há uma que, por inúmeros motivos, é única, é singular. Refi-ro-me a Maria de Nazaré, a Mãe do Salvador!

Conforme nos diz Lucas (1,26), Maria, mulher simples, do povo, filha de Joaquim e Ana, nasceu na Palestina, em Nazaré, pequeno povoado da Galileia. Casou-se com José, um moço de fé, sensível, temente a Deus, muito justo e honrado. Ele era carpinteiro. Ainda hoje, no subsolo da Basílica da Anunciação, na cidade de Nazaré, na TERRA SANTA, pode-se ver o que foi resgatado, por arqueólogos, da carpintaria de José. Eu tive essa felicidade. É uma das muitas alegrias que a Terra de Jesus nos proporciona.

Porém, voltemos a Maria, objeto dos nossos escritos para o mês da Bíblia.

Como? Maria não é citada na Bíblia?

A mais antiga menção feita a Maria está na Carta de São Paulo aos Gálatas (Gl 4,4): “Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei” ...

Muito antes do nascimento de Jesus, uns setecentos anos talvez, o profeta Isaías disse: “A Virgem conceberá e dará à luz um Filho. Ele será chamado: Deus conosco”. (Is 7, 14).

O Todo Poderoso mandou o Anjo Gabriel à donzela de Nazaré e este a ela disse: “Alegra-te, ó cheia de graça, o Senhor está contigo!”. (Lc 1, 28). Cumpria-se, assim, a profecia de Isaías.

Mas o mensageiro divino, sentindo a perturbação da Virgem, disse-lhe: “Não tenhas medo, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus”. (Lc 1, 30-31).

Maria conhecia as Sagradas Escrituras e as profecias referentes ao nascimento do Verbo de Deus. Então, como o dom da sua inteligência era muito aguçado, Maria arriscou uma pergunta ao Anjo: “Como acontecerá isso, se não conheço homem algum?” (Lc 1, 34). E o Anjo lhe respondeu: “O Espírito virá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra. Por isso, o Menino que vai nascer será chamado Santo, Filho de Deus”. (Lc 1, 35).

Os Anjos, os Arcanjos e os Querubins e também toda humanidade aguardavam ansiosos a resposta da Virgem, pois, com o sim de Maria, realizar-se-ia a Encarnação do Filho de Deus. A Virgem Maria, demonstrando o alcance de sua santidade, deu o seu sim: “Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a Tua Palavra!”. (Lc 1, 38).

O Novo Testamento traz um momento muito importante vivido por Maria: a Virgem de Nazaré visita sua prima Isabel que também estava grávida. Isabel, ao vê-la, solta um grito: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre!” (Lc 1,39-47).

Já próximo do tempo de Maria dar à luz, ela e José viajam de Nazaré à terra dos ancestrais de José, ou seja, Belém. Lá, eles participariam do censo de Quirino (Lc 2,2)). Maria entra em trabalho de parto e por não conseguirem encontrar um lugar para se hospedar, eles se refugiam com o recém-nascido numa manjedoura (Lc2,1-7).

Maria e José levaram o Menino Jesus a Jerusalém para ser apresentado ao Senhor, conforme o que está escrito na Lei do Senhor” (Lc 2, 22).

Maria e José fugiram com Jesus para o Egito para escapar da perseguição do rei Herodes (Mt 2,13-18).

O jovem Jesus, então com doze anos, acompanha Maria e José numa peregrinação. Na volta, não viram o Menino. Voltaram e O encontraram no templo entre os doutores. Maria O repreendeu e Jesus respondeu “Por que me procuráveis? Não sabíeis que eu devia estar na casa de meu Pai? (Lc 2,49)

Maria, durante toda a sua vida foi uma mulher atuante e participativa. Quando Jesus fez 30 anos, decidiu sair em pregação e revelar ao povo que era o Filho de Deus. E Maria estava ali perto Dele. E foi assim que, no início do ministério público de Jesus, Maria esteve com Ele nas bodas de Caná. “Como viesse a faltar vinho, a mãe de Jesus disse-lhe: ´Eles não têm mais vinho´. Respondeu-lhe Jesus: ´Mulher, isso compete a nós? Minha hora ainda não chegou´. Disse então sua mãe aos serventes: ´Fazei o que ele vos disser´” ( Jo 2, 3-5 ). Aí, Maria obteve de Jesus o seu primeiro milagre (Jo 2,1-12).

Mesmo na paixão de Jesus, Maria, mulher forte e fiel, ficou ali junto à cruz, em pé, firme. No auge daquele sofrimento, ela entregou seu Filho ao Pai e foi dada por seu Filho como Mãe dos Homens, na pessoa de João (Jo 19,25-27).

Não resta dúvida de que Maria, peregrina na fé, acreditou na ressurreição de seu Filho. No cenáculo de Jerusalém, por ocasião de Pentecostes, ela esteve presente com os apóstolos e os discípulos perseverante e em oração, (At 1,12-14).

Maria, sempre com muita atenção, cuidava de ouvir a Palavra de Deus, anunciada por Jesus, e vivenciá-la (Lc 11,27-28). Maria foi para Jesus, além de Mãe, uma generosa companheira e humilde serva. Acompanhando os passos do Salvador com atenção, fé, discrição e docilidade.

Depois de cumprir sua missão na terra, Maria foi assunta de corpo e alma ao céu e lá ela está a interceder por nós.

São João Paulo II, na encíclica Redemptoris Mater, diz: “Existe uma correspondência singular entre o momento da Encarnação do Verbo e o momento do nascimento da Igreja. E a pessoa que une esses dois momentos é Maria de Nazaré!

Pela importância de Maria na história da salvação, devemos amá-la e propagá-la mundo afora; devemos tê-la no recesso mais íntimo de nossa vida espiritual e também fazer sua presença maternal ser recordada em nossas casas através de quadros e imagens.

Maria, por tudo que foi, é e sempre será, faz jus a ser reverenciada também no mês da bíblia!


Francisca Freire

Setembro de 2020






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