Paróquia de

São Mateus Moreira

Arquidioce de Natal

Zonal III

JOÃO BATISTA BATIZA JESUS!

O Mergulho de Jesus nas águas do Rio Jordão

Francisca Freire da Costa
publicado em 12/01/2020 12:07

O MERGULHO DE JESUS

NAS ÁGUAS DO RIO JORDÃO


Na celebração da santa missa de hoje, rememoramos, em festa, o batismo de Jesus, fato que marca o início do seu ministério público. Vale ressaltar, inicialmente, que este é um dos cinco eventos mais importantes da narrativa evangélica sobre a vida de Jesus. Os outros são: a transfiguração, a crucificação, a ressurreição e a ascensão.

Jesus, humano e já homem feito, com trinta anos de idade, sabedor de que todo o povo estava sendo batizado, resolveu também Ele batizar-se. Nessa época, Jesus trabalhava na carpintaria, herdada do seu pai adotivo José, para garantir o sustento da família. Decidido a ser também balizado por João Batista, aquele que fora o seu precursor, percorreu uma distância de quase 100 quilômetros, de Nazaré da Galileia até o rio Jordão.

Ora, por que Jesus queria ser batizado por João, se João batizava para a remissão dos pecados daquele povo? (Marcos 1:4; Lucas 3:3). E não era o caso de Jesus, pois Ele não tinha pecado. (2 Coríntios 5:21) Entretanto havia uma profecia a ser cumprida. Daí Jesus assumiu a natureza humana marcada pelo pecado ao querer ser batizado. Ele queria assumir a nossa culpa. Porém, João sabia que Jesus não tinha pecado e não precisava de batismo: “Eu preciso ser batizado por ti, e tu vens a mim?” (Mateus 3:14). Mas Jesus respondeu: “Deixe assim por enquanto; convém que assim façamos, para cumprir toda a justiça” (Mateus 3:15). Quando Jesus diz: “Cumprir toda a justiça”, Ele quer dizer cumprir todos os justos propósitos de Deus, inclusive ocupando o lugar dos pecadores submetendo-se ao batismo (cf. Isaías 53:4-6). Ainda com esse batismo se cumpriria esta profecia: “Eis o meu servo, a quem sustento, o meu escolhido, em quem tenho prazer. Porei nele o meu Espírito, e ele trará justiça às nações.” (Isaías 42:1)

E o batismo aconteceu no rio Jordão. Logo ao sair da água, Jesus viu os céus se abrirem e o Espírito de Deus descer em forma de pomba e pousar sobre Ele. Nesse momento, ouviu uma voz dos céus que disse: “Este é o meu Filho amado, em quem me agrado”.

E assim, nas águas do rio Jordão, dá-se o encontro dos dois Testamentos: as profecias do passado são realizadas, Jesus é confirmado como Filho de Deus e considerado capaz para assumir sua missão messiânica. Então, João, maravilhado com o que vira, dá o seu testemunho: “Eu não o teria reconhecido, se aquele que me enviou para batizar com água não me tivesse dito: ‘Aquele sobre quem você vir o Espírito descer e permanecer, esse é o que batiza com o Espírito Santo’. Eu vi e testifico que este é o Filho de Deus.”

Esse fato foi sumamente marcante na vida de Jesus. Ele deixou o seu trabalho secular e foi morar em Cafarnaum, um importante centro comercial, que ficava à margem norte do Mar da Galileia. Pouco depois, começou o seu ministério de três anos ao povo de Israel: anunciando o Reino, convidando à conversão e chamando os primeiros discípulos. O término do Seu ministério aconteceu quando, em sendo protagonista de outro batismo que “O esperava no Calvário, Ele enfrentou a morte no nosso lugar” (Mateus 20:22; Lucas 12:49) e deu a Sua vida na cruz como o Cordeiro de Deus para o resgate dos pecados de todos nós.




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